É aceitando a estrada que nela se pode trilhar
Ao contrário do sentido geral da mentalidade moderna, consistência no Caminho é se abrir para a vida, venha o que vier; integrar tanto o lado iluminado quanto o lado obscuro das situações, de si mesmo e dos outros; recepcionar as sensações e os sentimentos desagradáveis, e não abafá-los por meio de mil subterfúgios. Deixando “correr o rio” e pondo-se a observá-lo, conectando-se à sua profundeza, doma-se a angústia, a tristeza, a raiva, os receios, a ansiedade – atinge-se o âmago das questões e o autodirecionamento confiante, a compreensão do que, quando, onde e como devemos atuar... É aceitando a estrada que nela se pode trilhar. É aceitando que se cai do cavalo que se volta a cavalgar, e que cair – doer, chorar, temer – faz parte da história. Esperar sentir prazer o tempo todo ou "passar pela vida em brancas nuvens" não é a trilha do Tao. A serenidade e o equilíbrio se aprimoram ao não resistir – o que é, entretanto, bem diferente de “não fazer nada”.
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SÉRGIO LANT-TIGER
Consultor de I Ching
Coach Estratégico Taoísta
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